Além do gestor, outras nove pessoas foram denunciadas pela prática de "mensalão", descoberta pelo MP
O prefeito de Vila Flor, Grinaldo Joaquim de Souza, e mais nove pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte à Justiça. Segundo investigação do MP, o grupo era envolvido com o pagamento de vantagens ilícitas por parte do poder executivo municipal aos vereadores da cidade. O caso veio à tona na última segunda-feira, quando o MP deflagrou a Operação Mensalão da Vila.As pessoas denunciadas pelo MP à Justiça são: Antônio Ivanaldo de Oliveira (comerciante e ex-secretário de administração), João Felipe de Oliveira Neto (secretário de obras), Pedro Francisco da Silva (presidente da Câmara de Vereadores). Além desses, também constam na denúncia do MP os vereadores Irinaldo da Silva, Ronildo Luiz da Silva, Sandro Márcio da Silva, Hilton Felipe de Oliveira, Ailton Passos de Medeiros, Vidalmir Santos Brito e Magno Pontes de Oliveira.
Por todas as provas coletadas, o Ministério Público pediu também à Justiça, entre outras coisas, o afastamento da função pública do prefeito de Vila Flor, dos vereadores e do secretário municipal e a manutenção das prisões preventivas decretadas.
Após cinco meses de investigação o Ministério Público conseguiu desvendar um esquema de "mensalão" pago a maioria dos vereadores de Vila Flor, o que foi fortalecido com os novos elementos colhidos com o cumprimento dos mandados de busca e apreensão durante a operação.
A análise do material e depoimentos dão conta da existência do "mensalão" pago a maioria dos vereadores de Vila Flor para que eles aprovassem os projetos de interesse do chefe do Executivo e não exercessem atribuição fiscalizatória aos atos do prefeito. Valor mensal em dinheiro, bem como a distribuição de outros benefícios como o fornecimento de combustível e até mesmo a oferta de empregos na Prefeitura eram benesses patrocinadas com recursos provenientes do erário municipal.
A investigação do caso começou após denúncia feita ao MP pelo vereador Floriano felinto sobre como funcionava o esquema. O vereador contou que haviasido procurado para participar do mensalão, mas se recusou e resolveu denunciar. A partir de interceptação telefônica e gravação de vídeos durante as negociações de apuração, o Grupo deAtuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPE reuniu provas para pedir nove mandados de prisão e 19 de busca de apreensão, cumpridos em Vila Flor, Canguaretama e Natal.
Mensalão da Vila investigou crimes de vantagens ilícitas na cidade por cinco meses. Dentre os envolvidos na operação, estão ainda secretários e vereadores Foto: Elizete Arantes/Divulgação |
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