Segundo fontes de segurança, organização jihadista articulou ataque.
Norte do país ainda tem áreas controladas por aliados da Al Qaeda.
Um grupo armado faz cerca de 170 reféns em um hotel de alto padrão de Bamako, capital do Mali, no oeste da África, após invadir o edifício e deixar várias pessoas feridas num tiroteio. Ao menos três pessoas já estão mortas, dois malineses e um francês, segundo a rede de TV CNN.
Segundo fontes de segurança locais ouvidas pela agência France Presse, os agressores são "jihadistas". Alguns reféns foram liberados, incluindo duas mulheres, após provarem para os agressores que eram capazes de citar versos do Alcorão.
O hotel Radisson Blu, onde ocorreu a ação, já está cercado por policiais e soldados do exército do país.
Segundo a Rezidor, empresa que controla o hotel, entre os reféns há 140 hóspedes e 30 funcionários. No momento da ação, foi possível ouvir disparos do lado de fora do hotel. Há feridos, mas ainda não se sabe quantos.
A agência de notícias Reuters afirma que ao menos dois seguranças e mais uma pessoa não identificada foram mortos. O ataque estaria sendo realizado por apenas dois homens, que entraram no prédio às 7h00 locais (5h00 na hora de Brasília). Já a rede de TV Al Jazeera afirma que são dez homens participando da ação.
A invasão se iniciou no sétimo andar do prédio, que possui 190 suítes. O grupo armado entrou no hotel dentro de um carro com placa de diplomatas.
O Radisson Blu fica a 1,5 km de distância da Embaixada dos EUA no Mali. Diplomatas americanos no local já emitiram um comunicado via Twitter pedindo a todos os cidadãos americanos que procurem abrigo. Funcionários da embaixada estão alocados dentro do prédio.
Em 2012, váris grupos jihadistas ligados à Al Qaeda se apoderaram de zonas do norte de Mali. Muitos foram expulsos da região após uma ação militar internacional iniciada em janeiro de 2013, proposta pela França. O governo francês disse ter informação de que há cidadãos do país entre os reféns. Ainda ontem, o presidente François Hollande havia elogiado as tropas francesas pelo desempenho na campanha no norte do Mali.
A operação está em andamento, porque algumas áreas ainda estão fora de contre do governo de Mali. No início, os ataques jihadistas se concentraram apenas no norte do país, depois se espalharam para o sul e para o centro.
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