sexta-feira, 9 de novembro de 2018

PF prende vice-governador de MG, Joesley Batista e Ricardo Saud em desdobramento da Lava Jato

O vice-governador de Minas Gerais, Antonio Andrade (MDB), os ex-executivos da JBS Joesley Batista e Ricardo Saud e mais sete foram presos nesta sexta-feira (9) em uma operação que investiga suposto esquema de corrupção no Ministério da Agricultura durante o governo da presidente Dilma Rousseff (PT).
Nove pessoas ainda são procuradas. Também faz parte do esquema, segundo a PF, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB), que está preso no Paraná.
Além disso, a PF cumpre 63 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba e Mato Grosso.
VEJA A LISTA DE PRESOS
Antonio Andrade, vice-governador de Minas e ministro da Agricultura de março a dezembro de 2014
Joesley Batista, dono da JBS
Ricardo Saud, executivo da JBS
Demilton de Castro, executivo da JBS
João Magalhães, deputado estadual pelo MDB de MG
Neri Geller, deputado estadual eleito pelo PP de MT e ministro da Agricultura de março a dezembro de 2014
Rodrigo Figueiredo, ex-secretário de Defesa Agropecuária
Mateus de Moura Lima Gomes, advogado
Mauro Luiz de Moura Araújo, advogado
Ildeu da Cunha Pereira, advogado
A PF fez buscas no gabinete do vice-governador de MG. Ele foi preso em uma fazenda em Vazante, no Noroeste de Minas Gerais. Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Batizada de Capitu, a operação é um desdobramento da Lava Jato e feita em conjunto com a Receita Federal. A operação é baseada na delação do doleiro Lúcio Funaro, apontado como operador do MDB.
Segundo as investigações, havia um esquema de arrecadação de propina dentro do Ministério da Agricultura para beneficiar políticos do MDB, que recebiam dinheiro da JBS, que pertencem aos irmãos Joesley e Wesley Batista, em troca de medidas para beneficiar as empresas do grupo.
Ainda de acordo com as investigações, empresas doavam dinheiro para políticos e partidos. Duas grandes redes varejistas de Minas Gerais atuavam no esquema, por meio de seus controladores e diretores.

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