O Rio Grande do Norte foi o segundo maior vendedor de energia eólica no leilão A-5, realizado ontem pelo governo federal, com entrega de energia prevista para a partir de 2018. O estado teve 25 projetos eólicos contratados, representando um volume de 684,7 Megawatts (MW),e só ficou atrás da Bahia, com 41 projetos e 1.000,8MW.
Arquivo TNEólica no RN: o Estado é um dos maiores polos de investimentos
O desempenho do RN, considerado positivo por analistas, é registrado após participação nula do estado no leilão de energia realizado em novembro, em que não conseguiu emplacar nenhum projeto de energia eólica.
“O resultado de hoje (ontem) recupera um pouco do resultado negativo do (leilão) A-3 de novembro e mantém o estado na liderança de MW eólicos contratados nos leilões desde 2009 até hoje”, diz o presidente do Sindicato das Empresas do Setor Energético do RN (SEERN) e do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne), Jean-Paul Prates. “Ainda somos o estado com mais MW vencedores em leilão, somando tudo”, acrescenta ele.
A melhora de desempenho do estado neste leilão está relacionada às linhas de transmissão de energia. Os leilões exigem que os parques eólicos tenham garantia de conexão, mas as linhas do estado – que são de responsabilidade da Chesf - estão em implantação e atrasadas. Como os parques que participaram do leilão de novembro terão de entregar energia daqui a três anos, o RN ficou prejudicado na disputa.
“Neste leilão A-5 (realizado ontem) como há mais tempo para implantar o parque eólico (5 anos ao invés de 3), é certo que o problema das linhas de transmissão estará equacionado. Assim, as empresas puderam participar mais tranquilamente quanto a isso”, disse Prates, que é também ex-secretário de energia do estado.
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