quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Efeitos da seca chegam ao distrito Punaú e atinge produção do Jerimum



Depois da enchente, a seca. Dois anos após as inundações que devastaram as plantações de jerimum do Vale do Punaú, distrito do município de Rio do Fogo, distante 70 quilômetros de Natal, desta vez é a falta de chuvas que reduz, mais que pela metade, a produção do fruto/legume. Em 2011, o transbordamento do rio Punaú provocou a perda de 80% da safra, estimada em 4 mil toneladas. Este ano, a expectativa é que seja produzido, em 343 hectares plantados, algo em torno de 1/3 do montante colhido no ano passado, que foi de 4,2 mil toneladas.

No início da colheita, em dezembro de 2012, a unidade do jerimum foi vendida por até R$ 0,25. Tal valor corresponde a uma perda de até 75% do custo cobrado atualmente, que é de R$ 1,00. Ressabiados com os prejuízos acumulados desde as enchentes consecutivas, cuja maior devastação foi registrada em 2011, os 30 produtores inscritos na Associação não contraíram mais empréstimos ou adquiriram máquinas para empregar nas plantações, somente compraram agrotóxicos para combater as pragas comuns na região.

De longe, os pés de jerimum parecem sadios e exuberantes. De perto, porém, é possível visualizar que o fruto/legume cresce travando uma batalha, muitas vezes mortal, com as pragas que o acometem. Somente em uma das áreas plantadas, a fusão da falta de chuvas com a "peste do purgão" provocou a perda de 20 toneladas do que foi plantado no final de 2012. O representante dos produtores, João Batista Bandeira Gomes reclama do descaso do Governo do Estado. 

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