terça-feira, 28 de agosto de 2012

José Agripino: o trânsito no Brasil inteiro está intransitável

 

O líder do Democratas no Senado, José Agripino (RN), protestou contra a estratégia do governo federal de praticamente zerar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) do combustível para barrar o aumento da gasolina. De acordo com o presidente nacional do DEM, a medida pode segurar o preço da gasolina por um tempo, mas deixa os estados sem recursos para a manutenção das rodovias. Parte do dinheiro arrecadado pela Cide é usado para isso.
“Antes de anunciar o aumento dos combustíveis, o governo praticamente zerou a incidência da Cide. Ao tirar o imposto, tirou as condições dos estados de fazerem a manutenção das rodovias, de investir na mobilidade urbana”, disse o parlamentar. “A empresa, com seu modelo desnorteado, acabou com a capacidade dos estados de construírem trechos de rodovia ou manter as estradas sem buracos”, acrescentou.
José Agripino afirmou ainda que o Executivo tem usado equivocamente a Petrobras que, para ele, deixou de ser uma empresa do ponto de vista viável economicamente para ser usada politicamente. “Dentro deste governo, a Petrobras se transformou em instrumento de contenção da inflação. Passou a ser um instrumento para só comprar plataforma de produtores brasileiros, seja qual fosse o preço. Mas com a repetição deste modelo, a Petrobras perdeu o sentido de produzir petróleo e começou a perder ações e investimentos com uma política equivocada”.
O presidente do Democratas lembrou ainda que recentemente o governo federal baixou o Imposto de Produtos Industrializados (IPI) com o objetivo de evitar demissões nas montadoras de automóveis e estimular a economia. Em contrapartida, não investe em infraestrutura e deixa as capitais cada vez mais engarrafadas.
“O trânsito no Brasil inteiro do meu Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul está intransitável. As cidades vivem um caos urbano. Faço esses alertas porque estamos vivendo o’ governo do faz de conta’, quebrando linha de coerência ideológica. Falta planejamento de ação visível e confiável”, frisou.

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