Para um auditório esvaziado, o presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), anunciou que os integrantes do partido aprovaram a mudança do nome para MDB (Movimento Democrático Brasileiro), como era chamado durante o regime militar.
A decisão era um dos itens da pauta da convenção extraordinária da sigla, realizada nesta terça-feira, 19, em Brasília.
O MDB foi criado em 1966, para fazer oposição à Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido que dava sustentação à ditadura militar. O fim do bipartidarismo, em 1979, levou à reorganização do quadro partidário e fez o MDB virar PMDB.
A mudança do nome, às vésperas do ano eleitoral, é uma estratégia para dar uma repaginada na sigla após Michel Temer assumir a Presidência da República.
Dirigentes negam que a alteração seja uma tentativa de “esconder” a sigla atrás de uma nova marca, já que a cúpula da legenda e o próprio Temer têm sido alvo de escândalos de corrupção, especialmente no âmbito da Operação Lava Jato.
Durante o evento, foi apresentado um vídeo e um jingle com uma espécie de slogan que deve ser usado pela legenda: “Quem move o Brasil é o MDB.”
Jucá também afirmou que serão criados novos grupos setoriais para atender alas do partido como os evangélicos e o núcleo ambientalista.
Temer, que chegou a cancelar a sua participação por medo de rachas e vaias durante a convenção, voltou atrás e decidiu participar do evento.
O cancelamento gerou especulações sobre a saúde do peemedebista após ele passar por três cirurgias nos últimos 45 dias.
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